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01/11/2010
Duas medidas cautelares, adotadas na sessão plenária de quinta-feira, dia 28 de outubro (ver matéria sobre as cautelares), marcaram a última intervenção oficial de Naphtali Alves de Souza como conselheiro da ativa do Tribunal de Contas do Estado. Naphtali requereu, logo após o Pleno, sua aposentadoria, seis dias antes de completar 70 anos, idade limite fixada pela Constituição Federal. Nos próximos dias o TCE-GO deve publicar o ato no Diário Oficial do Estado.
A sessão foi marcada por homenagens, prestadas por conselheiros, procurador de contas e servidores, que compareceram em massa ao Plenário Henrique Santillo. Antes de abrir a palavra, o presidente do TCE-GO, Gerson Bulhões Ferreira, falou das qualidades e virtudes do colega, “forçado a deixar o serviço ativo no ápice de sua capacidade de trabalho”.
Em seu discurso de agradecimento, Naphtali abordou diversos aspectos profissionais e pessoais. Desculpou-se pela emoção e lembrou de outras homenagens recebidas ao longo da semana de servidores de todos os escalões do TCE, fazendo questão de mencionar um presente que recebeu dos funcionários da garagem e a visita de uma servidora da limpeza do Tribunal.
Falou das decisões - e indecisões - do Supremo Tribunal Federal, da ditadura militar, da democracia, da situação da educação e da saúde no país, mercado de trabalho, meio ambiente. Deu conselhos sobre as atitudes cotidianas pessoais e afirmou que aprendeu muito com as pessoas desde que chegou ao TCE, citando vários servidores que lhe ajudaram a desenvolver-se em aspectos antes desconhecidos para ele, como a informática e línguas estrangeiras (hoje, o conselheiro Naphtali fala fluentemente inglês e francês). Em entrevista ao TCE na TV, repetiu frase que pronunciou no aniversário do Tribunal, dia 1º de setembro: “Este é o melhor lugar em que já trabalhei.”
CONSELHEIROS - Para o conselheiro Milton Alves, decano do TCE, a trajetória pública de Naphtali foi marcante em todos os cargos que ocupou, citando, entre eles, o de prefeito de Morrinhos, presidente do extinto Crisa, governador do Estado, conselheiro e presidente do TCE, onde “teve uma participação singular”. Sebastião Tejota ressaltou a conduta ilibada de Naphtali e afirmou que seus exemplos continuaram permeando os atos dos conselheiros, “o que deve preencher, de certa forma, a lacuna que fica com sua ausência”.
A conselheira Carla Santillo contou que sempre viu na pessoa de Naphtali uma referência como homem público e desde que passaram a conviver no TCE, o procurava para discutir os diversos aspectos de processos mais elaborados, dando-lhe segurança nas suas decisões.
O conselheiro Carlos Leopoldo Dayrell, por sua vez, usou da palavra para fazer severas críticas ao dispositivo constitucional que obriga o afastamento por idade, “causando prejuízos de qualidade nas instituições públicas, pois essas pessoas se aposentam aqui e vão para a iniciativa privada, pois ainda têm muito o que contribuir”, disse, lembrando que há uma emenda já aprovada no Senado, que tramita há 5 anos na Câmara dos Deputados, ampliando para 75 a idade de aposentadoria compulsória.
Já Edson Ferrari preferiu lembrar que a aposentadoria de Naphtali será a oportunidade para que ele se dedique ainda mais ao convívio familiar, mensagem semelhante à do procurador-geral de Contas, Sandro Alexander Ferreira, para quem a saída significa um novo recomeço de vida.
Ao final da sessão, o conselheiro Edson Ferrari fez a entrega de uma placa de agradecimento e reconhecimento do TCE pela contribuição de Naphtali para o engrandecimento e história da instituição.
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